19 de fevereiro de 2017

SEM TITULO

Este texto era para ser uma poesia com rimas, com dramas e tramas intensos, cheio de morte e vida, cheio de amor e ódio, de paixão e carnificina.
Mas hoje eu estou em uma crise inspirativa. Estou tomado ainda pelas minhas imperfeições que me fazem ser fraco, só que ao mesmo tempo essas mesmas imperfeições moldam o que eu sou.
Devo moldar minhas fraquezas para me tornar uma estrutura mais forte, ou devo aceitá-las anulando todo o meu valor? Pois eu sou um maldito exibicionista, um ser humano que desde a infância é um maldito narcisista. Às vezes eu quero controlar tudo, às vezes eu só quero ver a cidade em chamas.É uma bela vista.
Há uma luta entre os “meus eus” dentro de mim. O ego está fraco pois o Id está o dominando, e o superego está completamente abatido. Os alter egos estão dirigindo este teatro que se encontra a minha vida.
Às vezes sigo meus conceitos éticos, mas às vezes me falta empatia, acabo sendo sabotador das minhas próprias verdades, ilusões e mentiras. Logo me encontro numa batalha onde a misantropia e filantropia lutam como dois gladiadores selvagens numa arena Romana sendo dirigida por Calígula.
Meus dias estão repletos de fantasias, cuja as mesmas destroem a realidade daquilo que devo enfrentar. Mas há realidades imperdoáveis, e creio que posso encontrar uma porta, uma saída desse teatro melodramático que se tornou a minha rotina.
Preciso encontrar uma nova realidade, uma que ao menos esteja apta para se adaptar à tudo aquilo que sou, me aceitar do jeito que vim nesse mundo, um ser humano com fraquezas e fortalezas, falho e às vezes bem podre.
Pois é nossa de essência, de cada ser humano, de todos sem exceção, cometer atos sujos e imundos, nos fazendo ser considerados como porcos que se deliciam na lama. No mundo de hoje, você nem precisa fazer um ato de maldade para destruir alguém, pois os seres humanos se devoram a cada dia que passa, basta sentar aqui e observar a raça humana se destruir a cada dia.
Devo seguir o meu instinto ou seguir uma realidade distorcida considerada pelos tolos um princípio?
Às vezes não somos nós que devemos nos adaptar a realidade e sim a realidade nos adaptar a nós, do que adianta aceitarmos a realidade, se a realidade não nos aceita do jeito que realmente somos? (Reflitam a minha reflexão)