9 de fevereiro de 2014

Ansiedade

E nesse tempo sem temporal, algo queima o meu corpo
desde o sombrio até o colorido astral
nesse suor quente, que as vezes é frio e as vezes é morno
acordo de uma fantasia surreal
perdido no tempo que se perdeu com o sono
sem emoções, 
sem calor humano
somente o frio
na boca do estômago
somente o escasso e o mau
horas invertidas
a noite rubra o irreal
cheia de sangue e vísceras
anseia-se a ansiedade
e a ansiedade anseia a insanidade
e dentro de mim chove um temporal

A palpitação traz o alerta

o desconhecido grita 
e o medo se manisfesta
não se sabe do quê, e nem da onde vem
mas qualquer perigo me convêm
o corpo entra em descompasso
os músculos ficam fora do ritmo elétrico
o frio na espinha venta como inverno
meu coração sugere o meu próprio assassinato
eu morro por alguns minutos
espancado pelos próprios batimentos acelerados
e quando volto
sinto que não estou mais acordado
uma realidade como se não fosse a minha
tudo parece embaçado
num tom distante com cores sombrias
os tremores dançam nas minhas mãos
e a angústia canta a canção
fazendo do meu corpo o teu palco de teatro
me usando como protagonista
nesse número visceral
onde a ansiedade tem o papel principal
e tudo desaba
"Tudo se torna um caos".