22 de fevereiro de 2019

O Décimo Segundo Ciclo.


E as ruínas ruem entre velas que choram em meus olhos
Pedidos são enviados
E as palavras soam a loucura do hospício
Me aprisionando em pensamentos arruinados
É o Sol passando por seu declínio
E os abutres se tornam meus convidados
Me comem vivo dentro do meu medo
O medo que tenho de mim me faz perguntar:
“Do que serei capaz de fazer ao ter coragem
De enfrentar a mim mesmo?”

E as ruínas são belas
Pois das ruínas surge a criação
E cada lágrima é sagrada
Pois das velas se ascende a luz afastando a escuridão
O Sol supera o mau mesmo transitando na casa assombrada.

As minhas palavras soam a verdade
Ninguém quer ouvir
Por isso me prenderam aqui
Me prenderem aqui neste mundo
Pois a prisão é a realidade
Que está em minha volta
Em volta de você
Em volta de toda a maldade.

Os abutres estão aqui para devorar as ilusões
A desilusão é dolorida
Mas me acompanha, é sempre minha amiga.
E o medo de mim mesmo
Eu ainda vou superar esta minha neblina.
Porque estou em várias encruzilhadas
E em cada uma delas, e em cada esquina.
Se abre caminhos e se destranca as travas
E a morte sempre dança com a vida
Tanto nos dias de paz
Quanto nos dias de grandes batalhas.

Mesmo que o rei seja engolido pelo submundo
Mesmo que simbolicamente eu represente esta casa
O sol ainda me ilumina
Me fazendo ser um farol para as almas atormentadas
E pelo décimo segundo ciclo
Eu liberto e enxugo todas as lágrimas
E através delas, se ilumina o sorriso
Abrindo todas as janelas e todas as portas
Para novas jornadas
E o Sol nunca perderá o seu brilho.


Devaneios escritos dia 22/02/2019 às 02h23min
Sol e Mercúrio transitando na minha Casa 12 conjunto ao Nodo Lunar Norte Natal

“A ambição de destruir todo o medo, o pesar e a escuridão,”