21 de maio de 2017

O ALIADO

Uma noite em que se dorme, 
é uma madrugada perdida, 
mesmo que o mundo todo caia 
em uma realidade perdida, 
as sinapses sempre devem estar sacudidas, 
criando visões fantásticas 
enquanto dilatam-se as pupilas,
pois somente assim
mentes serão expandidas.

E aqui estou eu, em minha tormenta, na síndrome dos reféns mentais e emocionais. O meu coração acelera conforme os milésimos do tempo, não sobrando espaço para respirar fundo, sugerindo taquicardia em junção com fantasias moldadas por um ser que vive em mim, um outro eu, que não sei como controlá-lo. Mas sei que ele está aqui agora, este ego definitivo que minha subconsciência criou e o escondeu em meu inconsciente nada coletivo. Talvez seja ele agora digitando agora, talvez eu acorde e não lembre mais uma vez o que estou escrevendo agora.

Mas uma coisa não pode ser confundida, pois eu sei que ele existe, e ele sabe que eu sei que ele existe. Não é nenhum demônio interior, pois estes mesmos eu crio e domestico-os. Mas este, talvez seja pior do que qualquer entidade, demônio ou qualquer outra loucura sobrenatural que inventam por ai, talvez seja uma coisa bem pior que eu criei, talvez seja eu mesmo.

Uma identidade paralela que assume minhas funções motoras quando a ansiedade se manifesta em meu coração, querendo pará-lo. Talvez ele me proteja de minhas síndromes que conspiram a minha morte súbita a todo instante. Eu não sei se o abraço ou tento afastá-lo. Mas de algo eu sei, qualquer pessoa que tentar me machucar, esta se perderá em meus labirintos criativos, onde eu posso abrir e fechar os caminhos, mudando as entradas e as saídas, de uma prisão criada por mim mesmo, fazendo estas pessoas nunca mais saírem de sua audácia narcisista quando ousaram em desafiar a minha existência.

É! Agora realmente tenho quase certeza que as ultimas linhas não fui eu quem escrevi. Eu não diria isso, pelo menos não assumiria o poder que posso ter. Não para ninguém ler. Talvez a consciência que se dualizou na minha mente, esteja querendo mostrar para os outros, que eu não sou um fraco, como eu penso que eu sou, por mais que às vezes que a melancolia me seduza e me paralise como uma parasita em uma cama cheia de vermes homicidas.

Só sei que agora eu sinto a dualidade, algo que dentro de mim, deve se libertar para todos conhecerem. Mesmo com receio, sei que isso não se pode controlar por muito tempo. Em algum momento do tempo, mesmo que ele esteja distorcido, a verdade irá aparecer, e quando isso ocorrer, eu sei que os luminares de minha existência vão se alinhar às estrelas fixas e aos lotes árabes que representam figuras de deuses que não se devem brincar. E finalmente as ilusões de grandeza deixarão de ser ilusões, a desilusão será servida pela realidade para eu comê-la viva.

E talvez finalmente, a minha alma vai se fundir com o meu corpo de forma plena, sem nenhum tipo de separação e encruzilhada. Finalmente vamos seguir os mesmos caminhos. Entre a vida a morte, entre o mundo espiritual e o mundo material. Eu quero encontrar o equilíbrio e quero voar nas constelações nem ainda conhecidas. Eu quero estar perto de Deus, eu quero me libertar destes monstros interiores que me enfraquecem a cada dia; desta melancolia e depressão. Eu quero ascender como uma tocha que bilha na escuridão, como a lua negra que seduz a lua que brilha, colidindo emoções e prazeres onde eu vou controlar cada impulso do meu ser. Eu vou conduzir cada passo da min há vida em direção a uma jornada cósmica, que vai se alinhar constantemente a realidades alternativas, onde a mente o coração vão estar em perfeita harmonia, criando poemas, canções e melodias.

Uma noite em que se dorme, 
é uma madrugada perdida, 
mesmo que o mundo todo caia 
em uma realidade perdida, 
as sinapses sempre devem estar sacudidas, 
criando visões fantásticas 
enquanto dilatam-se as pupilas,
pois somente assim
mentes serão expandidas.

E eu vou permanecer acordado, até descobrir como pregar peças no diabo.
É! eu não sou eu mesmo ultimamente.
Há uma consciência alternativa se expressando aqui
Mas seja bem vindo, seja lá o que você for.
Seja finalmente o meu aliado.
Seja eu mesmo.