11 de novembro de 2020

O ABRAÇO




Um abraço sincero e profundo,
pode preencher um vazio que sempre esteve ali
Vazios, nadas e buracos
Bifurcações
e destinos quebrados
Mas o seu abraço
preenche esse meu ser
que sempre esteve
em um estado
insano
louco
e lunático
o amor curou a guerra
e a guerra agora
é apenas um quadro pintado
uma lembrança
um passado
você agora, está dentro de mim
faz parte do meu corpo
da minha alma
e todas as ações
que levam a algum sentido
ou a um resultado
eu digo, um sentido de permanecer vivo
de viver
nada melhor do que viver com você
entrelaçado

Uma simbiose,
uma ligação entre duas consciências,
que conectam entre si uma sincronicidade única e atemporal
Inconsciências colididas em momentos obscuros temporais,
que unem nossos corpos em uma intensidade cheia de vendaval.

Seu abraço, seu cheiro, seu toque é um conjunto de variáveis
que causam uma constante racional
dentro do meu ser intuitivo e animal
Entre caos e destruição,
ruínas e deterioração
Renascemos das raízes do chão
Somos agora,
frutos das árvores da vida e da morte
Em uma relação fronteirista
Que causa o amor corporal
Em uma união metafísica
Um amor único
Em que o tempo permite
Ser imortal

Há pessoas que podem preencher um vazio apenas com um abraço
E durante milhares de vidas, eu procurei alguém que pudesse fazer isso
E somente você, única, foi capaz de criar esse eterno laço
Laços e colapsos
beijos e compreensão
ternura e loucura
amor e desilusão
verdade nua e crua
libertação.

Djéssica Heidrich
, eu amo o seu abraço.

Eu te amo!

10 de novembro de 2020

POSSESSÃO

Em um lapso temporal que cria uma passagem
brechas que se abrem moldando um personagem
seres que se conectam
perfeitamente espelhados
entre a precisão
e a moldagem de uma experimentação

Dentro de uma tecnologia que interliga estados mentais e corpóreos
a ultraviolência se manifesta no horror gráfico que reflete os cosmos
assim entrando em um corpo preenchendo espaços vazios
espaços em brancos preenchidos por climas densos e sombrios
uma temática de controle que se manifesta sob outros corpos

E assim começa a possessão 

O hospedeiro muda seu comportamento
corrompendo seu trajeto temporal
alterando seu destino
em uma dor de horror corporal

Mentes invadidas
memórias colididas
quando você está dentro de uma cabeça de outra pessoa
almas criam um estado de simbiose dentro do corpo
e a mente enlouquece
dentro de tramas invertidas

E assim a possessão se manifesta perfeitamente

O seu pensamento é realmente o seu próprio pensamento?
ou é algo implantado dentro de você?
suas atitudes são realmente suas?
ou é algo manipulando as suas ações?
será que nossas almas
são realmente nuas
ou estão travestidas
por entidades cruas?

E o mundo é assim, todos nós estamos possuídos
dentro de um suspense cientifico
em um ambiente quebrado por dogmas distorcidos
você é realmente você?
você é realmente livre?
ou é apenas mais um dos milhares de conduzidos

O demônio que nos possui é o sistema.
uma entidade perigosa 
que pode destruir sua alma
sua sabedoria
e sua inteligência

Possessão
Possessor
Invasão
Controlador

Ou você faz parte daqueles que possuem os outros?
Ou se deixa possuir por apenas fazer parte de algo
para fugir da dor de um despertar
que te levaria a algo muito maior que você mesmo?
A realidade dói e arde,
mas muito melhor enfrentá-la
do que se tornar um covarde

Ou vamos preferir viver essa ficção cientifica
essa matrix cheia de cenários perfeitos
que nos ilude e nos domina?
O jeito é olhar para cima
ver os cosmos
ver a sua beleza e o seu terror
lá está a verdade
ela está em uma camada metafísica
em uma fronteira longe daqui
tal verdade que é ultra violenta como uma carnificina
mas depois que ultrapassarmos essa barreira
nossos espíritos irão vestir seu brilho de fogo
e uma vez iluminados
podemos encontrar com os deuses
que nós mesmos criamos
em nossos mundos cheio de quadros. 

A pior possessão é aquela que somos possuídos por nós mesmos.

- Bruno Bernardes

Texto escrito no horário de Saturno (aquele que possui e controla, amarra e aprisiona) Saturno é o Almuten do Ascendente, está em trígono com a Lua na Casa 12  (a loucura, a prisão) - reflete o sistema citado no poema - Saturno conjunto a Júpiter na Casa 04, a casa do submundo - a possessão pode ser desfeita (Júpiter - libertação) através da escrita - Mercúrio está na exaltação de Saturno e Saturno regendo a triplicidade de Mercúrio - A escrita nos liberta de possessores e obsessores. 









4 de novembro de 2020

DISFARCE

 DISFARCE

Eu vou apagar todas as luzes
fechar todas as janelas
vou devorar todos os vagalumes
vou quebrar ao meio todas as velas
e vou fazer um pacto com a imensidão
criaturas irão tomar formas
e finalmente serão belas
irei me alimentar de hábitos nocivos
vou flertar com almas ébrias
e me divertir
com elas

Vou me apagar
muitos temem a escuridão
mas poucos sabem
que ela pode ser um disfarce
uma roupagem
de ocultação da exuberante luz
luz que me enlouquece
que me queima e que me arde
vou abraçar a ilusão
e no escuro e durante eclipses
serei um camaleão
as almas aflitas que me perseguem
eu vou deixá-las entrarem
mas elas vão me tratar como um anfitrião

Eu só tenho que tomar cuidado de não me tornar o que elas são
isso é a complexidade de encontrar paz e luz interior
dentro da sua própria escuridão

No mundo, entremundos, em um tempo cheio de contratempos
onde o minuto que se atrasa, avança para mais um alarde
as almas danças na hora grande ao som de seus próprios lamentos
mas aqui, eu serei um ótimo disfarce.


- Bruno Bernardes


Escrevi esse texto com o Sol conjunto a Acrux na casa da magia (Casa 03), esse texto é mágico, insano e psicografado, o Sol rege a Casa 12, seus raios de luz são enviados para a casa mais escura do gráfico. É dia da Lua e é horário da Lua (o inconsciente veio a tona), o Sol acabou de sair da Casa 04, está renascendo e voltando dos mundos dos mortos. E no momento, eu sou um deles. Um corpo celeste em queda nos cosmos.





3 de novembro de 2020

A SAUDADE É FRIA.

E a luz do abajur se apaga
uma escuridão se aproxima
e tenta fazer comigo
rimas de poesias

Ela veio para me falar sobre a saudade
a umidade de nossos sentimentos
toca uma música com maestria
mas a saudade é dolorosa
ela é fria.

Eu sinto sua falta todas as manhãs
todas tardes, noites e madrugadas
a densidade de tomar um café de manhã sem você
é amargar minha alma com pequenas doses
de cachaças baratas

A inspiração é de uma densa atmosfera
eu me viro nos lençóis
mas não há você
que sensação quimérica
a saudade é um espelho, ela é você
que reflete dentro de mim escuros sóis

Você ainda é a lua que olha para o meu ascendente?
em uma sintonia de telepática
consegue perceber tudo que coração denso sente?

Se sim, sabes que sou pesado como chumbo
sou restos mortais 
sou um vulto moribundo
mas eu te amo
e esse amor que eu sinto
é a sensação mais felicitória do mundo

Não há sol no meu próprio verão
pois quem me trazia dias quentes
era sua a companhia
que agora está distante
em uma realidade diferente da minha

Ir ao mercado comprar frutas e verduras 
sem você ao meu lado
é como ir a um funeral 
ir nos cantos da cidade sem você
é como vagar no umbral
entremundos 
entrelaçados abaixo deste mundo
sem você
é uma cidade sem ruas, sem muros

Entre pétalas e espinhos
eu ainda deslizo você
sangrando minhas mãos
aos desesperados sorrisos
ao meu taciturno coração
aperto você forte, ainda
seguro você comigo, fixa
há um prazer no fundo corte
há beleza na carne viva
estamos à mercê das rodas da sorte

Ah o destino!

Mas eu sei, que você ainda está aqui
no canto dos anjos e o seu coro 
está no sabor salgado dos meus olhos
está sonhando comigo em algum desdobramento 
do meu corpo
criando uma canção feita de choro
e assim as lágrimas saem
silenciosas
elas são cruéis
mas são cheias
de lindas memórias

Mas aqui fica em testemunho cósmico
em respeito aos deuses
e aos meus mentores
que a saudade é fria
mas é úmida
como a chuva que cai
da tempestade que se forma na minha mente
liberando o choro
a noradrenalina e a serotonina
meu corpo é um monumento de saudade
(eu sinto sua falta) 
O amor em doses exuberantes, a dor é liquida
Mas a saudade, eu sinto muito em lhe dizer
Ela é fria!



- Bruno Bernardes

Palavras escritas no horário de Mercúrio (astro que rege a escrita em si, a poesia) com a Lua regendo o ascendente (a Lua senhora da carta do momento) astro das emoções e das memórias, refletindo a saudade (a lua também é um espelho) o que ela reflete hoje, é a saudade que estou de você





31 de outubro de 2020

PINTURAS DA ALMA

Há uma arte na psique, que se entrelaça com o espírito
formas que estão ali em um vazio em branco querendo se moldar de dentro para fora
mas eu não consigo realinha-las ou moldá-las,
devido a um estado crítico mental e emocional
são formas ainda que permanecem dentro de mim como mero fantasmas

São pensamentos e sensações que não se expressam adequadamente
devido às vulneráveis de um coração aflito pela realidade que me cerca
e de traumas de outrora que enlouquecerem a minha mente. 

Uma prisão que transa com a solidão, me fazendo ser um voyeur de seus atos perversos
mas através desse processo doloroso, minha alma faz pinturas da realidade dentro do meu ser, e essas formas ganham um molde, e se tornam um objeto a ser observado, e sentido.
E exatamente ai, que o meu medo é expelido

Dói, mas a dor é remédio que cura a si mesma, 

A dor me destrói e me reconstrói simultaneamente
e ela regenera meu ser
fazendo eu ter uma nitidez lúcida
das visões que outrora eram distorcidas
agora eu vejo a realidade
não são mais meras fantasias

Moldando a visão critica que tenho do mundo e de tantos outros mundos ainda não descobertos
e de outros seres que vivem em áreas oceânicas, rochosas, lamacentas e quentes como o fogo.
meu corpo, minha alma, meu coração estão agora todos abertos
eu me libertei de mim mesmo.
pinturas que criaram o molde da minha alma,
que deixou os segredos obscuros descobertos


Uso a memória intuitiva para criar a pintura que reside dentro de mim
será que a minha alma, tem um molde belo
ou será que eu sou um monstro?
pela sensação, sou um poucos dos dois
há as pinturas belas e coloridas
e há também as pinturas obscuras, sem vidas.

Assim a minha alma materializa sua pintura em meu corpo
e meu espirito então se revela
ele é brilhante como fogo

Memórias que rasgam minha pele
uma pintura cheia de particularidades
tintas sangrentas 
que moldam a maldade
pincéis melancólicos
que dão forma a densidade. 
acúmulos de ideias e pensamentos
medos que me fizeram enxergar a realidade.

Realidade que me impulsionou a seguir em frente
pois a realidade também é arte
é uma pintura que molda
sua alma na eternidade. 


- Bruno Bernardes

O texto foi escrito no dia 31 de Outubro de 2020, às 02:02 am; No dia de Vênus (astro que rege todos os tipos de artes) e no horário do Sol (astro que rege o espírito) A Lua que rege o corpo e alma está agora no signo de Touro (no domicilio noturno de Vênus) E Mercúrio que rege a escrita está em Libra (no domicílio diurno de Vênus) 

O universo reflete realmente nossos corpos, pois somos celestes.










30 de outubro de 2020

PORTA VOZ

A verdade é que, eu comigo mesmo,
sou cheio de teias de aranhas
sou móveis empoeirados,
sou vários cômodos sem luz,
sou corredores que não levam a lugar algum,
sou o reflexo de espelhos quebrados
que separam esse mundo de outros vários mundos,
sou as escadas que te levam para o porão
sou cheio de quinquilharias
sou a parede desalinhada
sou o tapete que diz; “vá embora”!
sou o chão sujo
sou o corrimão das escadas espiraladas
em uma conexão metafísica sublime
com o submundo. 

Sou essa casa assombrada,
cheia de vultos,
fantasmas e crimes oriundos,
sou a dor, o lamento,
a lágrima, o luto.
sou esse humor absurdo,
seco, distante e taciturno.
sou uma luz pairando no escuro,
sou a chama da vela
que chora em um dia de Saturno. 

Sou esse ser extraordinário,
ninguém me visita,
sou um lugar inóspito,
sou um local da cidade bem afastado
um ponto de referência
de um local de crime onde corpos foram desovados
e um deles sou eu
sou um andarilho
aqui do outro lado
sou um pobre mendigo
do lado de vocês
um rei poderoso e rico

Mas eu sei o que eu sou, ao menos
vocês sabem quem são vocês?
eu sei o que reside em cada cômodo da minha mente
sei de cada objeto pensante
que pesa no meu subconsciente
sou todo objeto cortante
que mata lentamente
mas também sou o veneno
na dose certa
que cura o doente

Sou aquela dor
que reside na ponta da agulha
sou a música que toca
ao ruído de corvos e da coruja
sou a magia que ilumina
os cantos de qualquer mente obscura

Sou o amor e a fúria
sou a tempestade
e eu faço parte da chuva.

- Algo me estremeceu, caí em si – 
Não sou nada disso que escrevi
sou o frio do obsessor que encostou
sou uma brecha
fui invadido
sou mil faces
de uma mesma moeda
pervertido
lunático
assassino
sou um corpo em queda

Sou um poeta dos mortos
escrevo em um lapso delirante
o que eles querem desabafar
sou o abajur com muita luz
eu nunca durmo
sou um corpo desdobrado
eu sou a boa-fé
mas também sou a má sorte
eu estou nos portões
que separa a vida da morte

Eu sou o diário de Plutão
cada alma passa pela minha escrita
a morte ao desabafar sua escuridão
minhas poesias a ilumina
a morte ganha uma luz
que me reequilibra

Eu sou aquele que te liberta
mas também posso ser seu algoz
mas na realidade mesmo,
eu sou somente um porta-voz
que escreve as canções
ao som dos ruídos dos corvos
que escreve
sobre os mais verdadeiros sentimentos
dos mortos.


Bruno Bernardes 


Texto escrito, às 01:01 am, do dia 30 de outubro de 2020, no horário de Mercúrio.





14 de setembro de 2020

Amor: Uma força da natureza

E pelas leis que desafiaram o próprio tempo
Caí por muito tempo
Em profundo lamento
Sem propósito
Sem consenso
Irreal
Desatento
Preso em uma terra lamacenta
Pesado e Denso
Que me paralisou diante as fronteiras da vida e da morte
Até que o movimento do meu coração foi mais forte do que a resistência da minha mente
E se colidiu com a força do seus sentimentos
Encontrei você quando meu coração estava em zonas de convergência
Haviam grandes placas tectônicas dentro de mim
E por fim minha alma entrou em uma erupção.
Causando grandes ondas de caos e magnetismo simultâneos
Desejos, sonhos e imensidão
Até criar um maremoto de emoções violentas que destruíram barreiras e fronteiras
E então eu encontrei você
Agora meu coração finalmente estar em zonas divergentes
Expandindo, mesmo que em sentido opostos.
Me coloquei em um encontro sísmico com o amor da oitava esfera cósmica
E que intensidade
E que amor
E que olhos
Sua Lua conjunta ao meu Sol,
Meu Sol conjunto a sua Lua,
astros que regem os olhos,
a consciência e a inconsciência,
natividades predestinadas a se olharem tanto por fora quanto por dentro,
o destino é como um terremoto,
não há como evitar
E você foi quem causou esse abalo sísmico em mim
E depois de vários lapsos de tempo
Meu coração entrou nas zonas transformantes
Que a partir da criação e destruição colidiu-se um calor tão extremo, que resultou na intensidade do amor que hoje sinto por você.
Você é a minha força da natureza
Um Tsunami
E eu amo transbordar e me afundar dentro de suas águas mais profundas e perigosas.

Eu amo você Djéssica Heidrich