7 de fevereiro de 2017

MOLDURA.


Eu tenho tantas coisas para dizer
Mas nada para expressar
O complexo entre a razão e o sentimento
Essa arte de ludibriar
Confundindo as leis emocionais
Eu tive tantas decepções
Com todo tipo de pessoas
Mas a minha maior decepção
Foi comigo mesmo
E assim surgem as lições
Apendendo a ser uma luz na escuridão
Antes eu era a escuridão que guiava os outros para a luz
Mas hoje eu nunca estive lá
Eu estou numa zona fronteirista mental
Onde pensamentos e emoções se colidem
Causando caos em ordem descomunal
Por mais que eu amadureça
Sempre haverá bases novas sólidas para moldar
E o meu desejo por isso é visceral
Serei mais poderoso quanto mais eu mudar
Eu sei que nunca vou ser perfeito
Mas quando eu partir
Eu quero estar perto dos deuses
Para morrer sem ansiedade ou medo
Já superei o medo de amar
Mas é como se minha vida passada
Nunca tivesse existido
Eu não existo mais
Eu me transcendi
Eu sou um novo tipo de ser
E ainda não me reconheço me olhando no espelho
Mas eu vou descobrir esse novo eu
E dentro dessa dúvida obscura
Eu serei uma chama que vai se ascender
Eu sou um ser um humano
Um monstro com a luz de um anjo
Um desconhecido
Um complexo estranho
Possuindo uma aura brilhante e ao mesmo tempo obscura
Eu estou me tornando em um novo ser
Seja lá que tipo de criatura
Mas eu sei que me tornei em um quadro
Uma pintura
Nos confins do abstrato
Eu sou uma nova moldura.