19 de fevereiro de 2017

ARENA

Do extremo ao extremo
Momentos lúcidos aos ventos
E ao mesmo tempo
Momento de calor de um vulcão
Melancolia e cólera
Moldam o meu temperamento
Linhas que se alinham perfeitamente
Criando um preciso sentimento
Me fazendo ficar entre o bem o mal
Aos confins de uma luta na arena do tormento
Como em Roma eu luto contra o inimigo
Onde preciso superar o mal que me fizeram
Onde eu preciso conquistar todo esse reino
Retomar o controle
Por mais que seja um caminho sangrento
Me pinto de vermelho
O gore vibra dentro de mim
Dilacerando o meu desejo
Por estar forte e sempre atento
Eu estou preparado
Entraram em meu caminho
Agora estou orando a Deus
E aos deuses
Para estar mais perto do divino
Para ter a força dos reis
Conquistando as águas profundas do meu destino
Superar o meu lado sombrio
Abrindo literalmente o meu peito
E arrancar os demônios interiores que colocaram em mim
Para curar o amor que agora se encontra em seu leito
A morte ronda e olha atenta
Mas ela sabe que é uma armadilha
Então ela não destrói o que eu sinto
E nem o que estão sentindo por mim
Não mais!
O amor vai continuar vibrando
Pois eu nasci para lutar
E o amor vai continuar pulsando
Pois eu nasci para ganhar e superar
E o ódio vai aos poucos putrificando
Pois eu nasci para amar.
O bem e o mal agora são como dois guerreiros que lutam dentro de mim, o emocional e o racional são como dois juízes, e eu sou a arena da morte. O bem vai decapitar o mal, e como recompensa eu vou reinar com a rainha que me espera do outro lado do universo, juntos em um plano que traçamos que vai se alinhar na hora certa, eventualmente seremos nós quem vai controlar as nossas próprias lutas e desafios. Aos confins do colérico e do melancólico; vamos ter Marte e Saturno como amigos. Teremos a nossa própria arena.
@------>
- Bruno Bernardes