7 de fevereiro de 2017

Alcoolismo

Mais uma noite podre e estragada
O primeiro gole é o impulso para a autodestruição
Num lugar onde não há dor
Só ilusões e pessoas abstratas
Confusão, diálogos sem nexo
Não importa aonde eu estou
Só sei que estou perdido
Dentro de um canto de algum boteco.

Álcool que me leva a um mundo onde eu imagino que as pessoas que aparecem não passam de pessoas imaginárias.
Mas sou eu a única pessoa assombrada. Eu falo comigo mesmo me condenando na ressaca. Eu não existo hoje, hoje eu sou um fantasma.

Elas falam e conversam
Mas são palavras distorcidas
Verdades namorando as mentiras
Depois se desentendem
E a moral se torna em frases doentias.

As ruas perigosas da madrugada
Onde normalmente deveríamos ter medo e cuidado com possíveis pessoas perigosas
Mas o complexo nos colocam do outro lado do universo
Pois nossos olhos arregalados de paranoias
Faz com que nós parecemos ser o perigo para aqueles que passam pelo nosso caminho
Você sente o receio
E num lapso de megalomania
Você se sente no poder
Você pode ser o perigo
Você se sente no controle
Você pode ser temido
Mas na realidade
Você só está cada vez mais perdido.

"O alcoolismo ao menos te dá a melhor das inspirações"