30 de setembro de 2013

Noites estranhas.

E a rotina suga os dias.
Me fazendo procurar por mim mesmo nas noites. 
Me levando em busca de todo tipo de euforia.
Regada de prazeres mundanos.
Na frenesi das luzes de cada esquina.
No ritmo das músicas sem melodia.
Dançando no ritmo frenético da madrugada
Mas quanto mais passa o efeito da bebida.
Percebo que no dia seguinte a lua não brilha.
E as estrelas desaparecem sobre a neblina.
Por mais que tento reorganizar meus pensamentos no calor da noite.
Apenas fico cada vez mais vulnerável.
Mais perdido.
Com o coração ainda mais bagunçado
Pensamentos se transformam em neuroses.
Nos becos escuros, com o alerta ofuscado.
Sozinho, sem cobertura, mal armado.
A noite se torna um deserto.
Onde areias movediças me levam cada vez mais para baixo.
Logo vai amanhecer.
E a realidade está voltando para arrancar minhas entranhas.
Vejo que estou em o total declínio nesse mundo amargo.
Com sede de alguma luz em uma noite escura no deserto de minhas ilusões.
As noites que são como um deserto.
Procuramos constantemente por um belo amanhecer.
Mas o sol é apenas uma miragem.
E quanto mais tentamos o alcançar, mais a vida fica mais obscura. 
Pois cada prazer que encontrei.
E cada corpo que toquei.
São sensações que não se preencheram no vazio.
Sentimento que não se sentiu.
Pensamentos que não se inspiraram.
E por mais que o luar brilhe.
Ele nunca esteve ali, ele nunca existiu.