25 de novembro de 2011

Ressurgindo


Há pessoas que dizem que a dor emocional é pior do que a dor física, eu pessoalmente prefiro ter um coração partido do que um tumor dentro de mim, ou um câncer, prefiro passar pela perda de entes queridos do que adoecer aos pouquinho numa cama de hospital. A morte é uma coisa natural da vida, todos, mas todos nós vamos algum dia perder alguém que amamos, faz parte do ciclo da vida, por mais que isso seja ruim no momento, assim que passamos por isso e com o tempo superamos se tornamos pessoas muitos mais fortes, se renovamos das cinzas, nascemos em um coração restaurado pelo amor da alma.
Cada minuto que passei aprisionado dentro de meus devaneios emocionais, paixões que eram como insetos que apodreciam dentro de mim, histórias malucas que me mastigavam bem devagarzinho, como um animal que caça a presa e a devora, sentimento é um fogo que queima mais dolorido do que qualquer outra coisa, mas mesmo assim eu ainda prefiro sentir, viver e reviver cada sentimento bom ou ruim, do que adoecer e morrer aos poucos, quero morrer em paz, dormindo, de dor já basta as emocionais que sentimos todos os dias, raiva, ciúmes, paixão, ego, orgulho, e que com certeza todas essas dores, essas barreiras que eu tive e que todos têm, são como remédios amargos que diminui a febre do corpo, e assim que tomamos e sentimos o tão ruim gosto, se curamos e aprendemos a lidar melhor com a vida.

Tinha tempos que eu brincava com a minha mente, queria ir além do que ela podia chegar, se ainda estou vivo é que realmente a minha hora não chegou, sabe se lá como entender essas coisas, mas estou feliz por ter sobrevivido a todas as coisas ruins que passei, e o mais difícil, ter sobrevivido a mim mesmo. Os momentos que eu vivia era como se fosse um teatro, havia poesia sobre tudo, havia teorias sobre tudo, meus pensamentos se misturavam aos olhares, toques, beijos e eu fazia tudo aquilo ser um conto de fadas sem fim, uma história sem fim, mas a partir do momento que o mundo vai te mostrando a verdade sobre as coisas, você começa finalmente a sentir o peso da consciência nas costas, aquela sensação de tudo que você acreditava na verdade somente estava dentro da sua cabeça, e percebemos que a única  coisa que devemos fazer no momento é seguir em frente e com a cabeça erguida.

(Logo a baixo está um texto que achei em um blog que fala sobre a Ave Fênix ,…a ave que ressurge das cinzas…  e que realmente me inspirou a escrever este post)


Em meio a angustias e desapegos, num mundo de fel e de dor, onde a escuridão paira sobre a alma, surge a luz, da mão de um anjo, que nas profundezas de uma alma perdida, insisti na salvação, determinando a missão espiritual de um corpo sagrado, ele nasce de uma mente limpa e de uma alma evoluída, em um coração restaurado pelo amor de alma.
Numa viagem astral de sacrifícios, finalmente se ouve o tão esperado chamado, assim como determinou osiris em sua revolução, mesmo temida, ainda vive na eternidade de um ser de luz. Sintonizando a freqüência dos mestres, ressurge das cinzas, aquilo que se havia perdido, um mensageiro da luz nunca é esquecido pelos seus mestres, mesmo que se perca no materialismo e nos devaneios mundanos.
De todas as decisões, de todo sofrimento, evolui o espírito forte que superou a barreira da morte, e se volta pleno de seus poderes espirituais, despertando seu lado magnético e curador diante dos seres que não o compreende.
Foi preciso viver séculos em dias, viajar galáxias e sintonizar com mil freqüências, para que realmente encontrasse onde realmente devia estar, perfeitamente como se deve ser, pleno de sua existência, luz da alma renascida, dos filhos que não se perdem mas se encontram em evolução, preparados sempre para a verdadeira revolução, a revolução do amor.

24 de novembro de 2011

O meu Tempo


Estou aqui ouvindo o som do relógio, é o mesmo toque, o mesmo ritmo de cinco anos atrás, parece que o tempo não passa, parece que cada coisa, e cada objeto estivesse no mesmo lugar, objetos com cheiro de mofo e cheio de pó, o surreal som de insetos comendo a madeira, mas só percebo mesmo que o tempo passou quando olho para a janela e enxergo as mudanças, quando observo o sol nascer, quando percebo a calma que a lua trás ao meus olhos, quando sinto meu coração bater mais forte quando ouço o barulho da chuva, percebo que lá fora o tempo passou e aqui dentro fiquei parado no tempo. Fiquei aqui preso dentro dos meus sonhos, das minhas fantasias, único gosto de vida que eu tinha em meu paladar era o gosto do café, não havia abraços e nem afeto, era somente eu, o espelho e o meu ego.

Todos cresceram, todos mudaram, tudo cresceu, tudo mudou e o meus planos ainda eram os mesmos, fiquei frustrado em perceber a realidade, a verdade que entrou na minhas entranhas como uma faca afiada cortando pra fora cada sonho, cada paixão que eu alimentava, e assim nada me fazia esquecer da realidade, eu sempre acordava de volta ao meu castigo, assim então quebrei o relógio, tomei um banho de água fria, era inverno, mas dentro de mim estava queimando como um inferno, eu tinha que encontrar o meu paraíso pessoal, eu tinha que sair lá fora, pular a janela e dentro da multidão eu iria me encontrar, encontrar comigo mesmo.

E o tempo passou e eu passei com ele, e pessoas passaram comigo, e coisas aconteceram, e planos foram realizados e alguns fracassados, aprendi com o tempo a nunca mais sonhar e sim não perder tempo sonhando. As vezes perco meu tempo me perguntando se tudo isso é só perda de tempo, passei metade da minha vida dentro do meu quarto, eu queria engolir o mundo com tudo que tinha dentro mas você cresce e repara que já estava sendo engolido pelo mundo faz tempo.

E o tempo passou e continua passando, o relógio ainda faz o mesmo barulho, o café ainda tem aquele gosto de vida, mas eu não sou mais eu mesmo, mudei com os minutos, com os segundos, com as horas, com os dias, com os meses e com os anos, e o espelho ainda está lá no mesmo lugar refletindo meu rosto, meu corpo, mas o ego ficou guardado, bem guardado dentro de uma caixa, uma caixa que eu poderia chamar de pandora, se eu colocasse todo o orgulho de volta pra fora, mas vomitei todo o orgulho, e todas as coisas que me aprisionava, derrubei o muro que me impedia de sair do lugar, e assim então agora eu estou caminhando, livre.

16 de novembro de 2011

A paixão e o amor


Qual a diferença entre a paixão e o amor? São muitas e tão claras que chegamos a acreditar que a paixão é algo ruim e o amor sim é algo maravilhoso e bom, e digo com conhecimento de causa. Existe uma grande diferença entre paixão e amor. Paixão é euforia, amor é calmaria. Paixão é rápida, amor é duradouro. Paixão é súbita, amor é progressivo. Paixão é agressiva, amor é delicado. Paixão é vendaval, amor é brisa. Paixão destrói, amor constrói. Paixão vinga, amor perdoa. Paixão é doença, amor é saúde. Paixão é dor, amor é alívio. Paixão é dúvida, amor é certeza. Paixão é loucura, amor é cura. O amor faz a gente querer ser mais, querer aprender mais para poder trocar com quem amamos novas lições de vida. O amor ajuda a superar dificuldades enquanto que a paixão cria obstáculos. A paixão é totalmente egocêntrica, passional, escandalosa. O amor é cuidadoso, atencioso e cúmplice.

Mas o que seria do amor se não houvesse um pouquinho que fosse da paixão? A paixão é ciúme, é dúvida, loucura, mas para amarmos antes precisamos se apaixonar, passar pelo teste da paixão, temos que superar o ciúme, o medo, as inseguranças, aqueles sentimentos de impulso, temos que passar pelo teste ou melhor dizendo pelo jogo da paixão, não existe uma maneira mágica como acontece nos filmes de alguém olhar para uma outra pessoa e em um segundo para o outro já ama-la com saúde, sem medo, sem ciúmes, sem loucura ou insegurança.

Sempre temos aquela troca de olhares antes de tudo, a química que funciona como se fosse um ima, que junta e gruda a pessoa uma na outra, eu chamo essa atração, essa química de paixão. A paixão é um fogo que ascende, e pra manter essa chama acesa em um relacionamento mesmo que seja depois de dez, vinte, trinta anos de relacionamento precisamos da paixão, precisamos sentir aquele friozinho na barriga quando encontramos a pessoa amada ou vemos ela de longe, aquele ciúme bobo de vez em quando, precisamos daquele desejo saudável de querer a pessoa do seu lado, de ter a necessidade e a saudade que faz você procurar e lutar por ela, precisamos sentir a paixão pulsar dentro de nós.

Senão houver o fogo da paixão, não há maneira possível para manter um amor duradouro, precisamos sim de um pouco da dose da paixão, e claro que não seja uma dose excessiva, pra evitar que tudo não se torne uma obsessão sem sentido, antes de tudo precisamos manter o equilíbrio sobre as coisas, sobre as emoções, não precisamos evitar e ver a paixão como algo ruim, porque se apaixonar é algo inevitável, só precisamos de um equilíbrio mental sobre a paixão e o amor, assim como todos nós seres humanos temos um pouco do bem e do mal, também temos um pouco da paixão e do amor, tudo é uma questão de equilíbrio.

8 de novembro de 2011

Aceitar


Fonte do Texto: http://www.saidaqui.com.br/

Somos feitos de eternas aceitações. Parece uma maratona interminável de situações interligadas, que nos levam à teste diariamente.
E talvez isso seja bom. Para nos manter focados e conscientes no que realmente importa.
Porque aceitar, de início pode parecer fraqueza, talvez até antipatia. Não pelo verbo em si, mas pela idéia falsa que ele transmite e representa.
Pelo dicionário, é sinônimo de concordar ou admitir. Mas no fundo, é muito mais que isso.
Aceitar é ser mais forte do que se parece ser. Implica coragem e humildade de onde já não se parece ter. E normalmente leva à superar coisas que já não pareciam ter volta.
Uma maneira honorária de dizer “dá para recomeçar” quando nem tudo está como desejado. É reconhecer que todos temos limites, defeitos, problemas e imperfeições.
É mais que isso, ser humilde o suficiente para entender que nem tudo é perfeito. Que o mundo que gira à sua volta, também gira em torno de 7 bilhões de pessoas. E que elas também tem suas barreiras.
Aceitar é ter coragem de acreditar que ainda assim, dá para ser feliz.
Que dá para gostar dos quilinhos a mais, do nariz meio torto, do cabelo ficando grisalho. Que dá para aturar a implicância do vizinho, o mau humor do irmão e a própria solidão.
Que ano que vem vai dar para comprar aquele carro tão desejado.
No fim das contas, vivemos sempre de querer mais e esquecemos de agradecer o que já temos. Esquecemos de aceitar que as pessoas eventualmente nos machucam, e que algumas coisas eventualmente dão errado.
O teste de fogo é como lidar com o que não sai como planejado. Aceitar não é mais do que reconhecer nossas limitações e admitir que precisamos uns dos outros, que podemos juntos deixar de lado a vergonha e o orgulho e dar lugar à algo maior, mais unido, autêntico e espontâneo. Fazer dar certo de outra maneira, não deixa de ser um “fazer dar certo”.
Uma palavrinha tão pequena, com um significado tão grandão.
Aceitar é conseguir entender que perder, também pode ser uma forma de ganhar.