19 de agosto de 2017

CRISE DE PÂNICO



Crise de pânico em forma de Poesia.
(“Pois o sofrimento é uma arte, mesmo que ele queime e arde, a inspiração às vezes está no alarde”).
E mais uma vez a minha mente se arma
Explode em adrenalina
Bombeando meu corpo
Com a intensidade de uma granada
Pressão arterial elevada
O coração acelera
E sinto as batidas me machucarem
Como se fosse a pressão de uma faca
O estomago se revira como na ressaca
A mente envia pensamentos
Deixando minha alma pesada
Cheio de medos e lamentos
Sem motivo algum
Meus olhos flertam com a lágrima
Eu acabei de morrer mais uma vez
Mas eu ainda estou aqui neste plano
E perdi pra mim mesmo neste jogo de xadrez
Neste jogo da mente que sempre me prega peças
Me fazendo refém do talvez
Talvez eu enfarta?
Talvez eu enlouqueça?
Eu estou perdendo o controle?
Talvez eu pegue aquela faca
E arranco eu de dentro de mim mesmo
Libertando a minha alma
Deste corpo que me enfraquece
Me libertando desta carcaça
O desejo de se libertar
E o medo de morrer
Flertam em um motel de frente com o mar
Mar que me afunda
Pensamentos sufocantes
Mente desconexa com ideias desvariadas
E aqui estou neste oceano de águas obscuras
Neste mar de lágrimas salgadas
Sendo eu meu próprio carrasco
Onde me torturo
Com meus medos e minhas dúvidas
Eu só preciso respirar fundo
Tomar meu ansiolítico
E dormir em sono profundo
Para instalar a paz que já vai durar pouco tempo 
E me preparar para o próximo surto.
"É assim que vive um ser humano refém da síndrome do pânico. Remédios, terapias, meditações, orações e fé curam a crise por um tempo, mas devido ao um lapso de flash back que fica gravado no subconsciente, o pânico se instala novamente, modulando o caos moldado por medos surreais que atenua o ambiente, e sem mais nem menos, você está ali de novo em uma crise, ela vir? você nem sente, ela só aparece e faz de você mentalmente preso tanto no seu consciente e inconsciente".
- Bruno Bernardes.