5 de julho de 2014

O primeiro encontro #2

Ouça o relógio pendular.
Chegou o momento no tempo que ele resolve parar.
Pois você chegou como um vulto negro na noite.
E agora está aqui comigo assombrando o meu coração.
Me contando histórias de assassinatos em série.
Pregando peças em nossas mentes para alertar a atração.
Sua pele pálida como um fantasma deixa transparecer o desejo que soa em seus olhos azuis.
Seu corpo grita pelo meu.
Eu sou o fogo que consome em chamas tua pele gelada como morta.
Fazendo você se sentir viva.
Seu pés movem junto ao meus.
Você gruda em mim enquanto o vento entra pela cortina.
O teor do prazer aumenta.
Penetro inteiramente em você.
Deixando expostas as suas mais secretas fantasias.
O sangue bombeia acelerando o nossos corações.
Deixando teu tesão exposto como carne viva.
A noite se torna madrugada entre furacões.
Você não esperava pela minha vinda.
Agora está perdida nos labirintos do meu selvagem.
Da minha imagem sombria.
Tentando se encontrar em você mesma.
Sendo que eu sou a própria saída.
E você se encontrou dentro mim.
Abraçou-me suavemente cansada.
Pernas entrelaçadas.
Sensação confortante doentia.
Abraçou-me caindo em sono profundo.
E sonhou com a minha companhia.
E em meus sonhos.
Eu podia te chamar de minha.
Primeira noite com nossas bocas secas de vinho tinto.
Foi tragicamente linda.