9 de julho de 2014

Abraça-me

Te abracei até esmagar sua coluna torácica.
Forte ao ponto de minhas mãos torcerem seu lombar.
Fazendo os fragmentos de teus ossos...
quebrarem como copo de vidro em um romântico jantar.
Evidências em minhas mãos em torno de você do meu DNA.
Ricochetando o teu coração tornando-se instantaneamente fatal.
Ao ponto de você loucamente me amar.
Ficas-te catatônica.
Sem chão, sem ar.
Teus olhos pararam de orbitar.
A rua era escura
E não havia luar.
E enquanto teus olhos observavam o meu olhar.
Você se encantou.
Tentou dizer algo.
Tentou falar.
Quase sem folego.
Mas eu apenas te disse:
Calme, abraça-me!
Não adianta gritar.
Fugir.
Correr.
Porque...
Do amor, não há como escapar.