24 de novembro de 2015

O amor nunca dorme.

O amor nunca dorme
O amor é a ansiedade sem nome
Estaremos acordados para sempre
Pois nossas paranoias tem fantasias
E nossas fantasias precisam de imaginação
Fantasias sujas como causar medo
Fetiches estranhos como tirar sua respiração
Suas pernas se entrelaçam apertando o nosso peito
Seus beijos aceleram o nosso coração
O suor frio deixa os lençóis molhados
E os nossos olhos desenham a alucinação
Nossos corpos entram em vários descompassos
Fazendo que a canção da psicose toque
O toque de nossas mãos
O toque que congela a nossa espinha
A loucura move o tesão
O toque que rasga a nossa pele a deixando em carne viva
O amor só é verdadeiro quando sentimos dor
E a dor só é dolorida quando sentimos amor
E assim cada desejo insano se realiza
É constante
É contínuo
É a obra do medo mais pervertida
Somente assim o amor pode durar para sempre
Olhos sempre acordados
Corpos que causam orgasmos sob a carnificina
Corações sempre acelerados
Com a paranoia sempre bem vestida
Nossos peitos sempre bem apertados
É um ato sem fim
Sem despedida.