14 de janeiro de 2015

Olho por olho.

Ela o amava
queria possuí-lo
em meio de noites regadas de amor e ódio
dois corpos se completavam em um quarto ilusório

Quente como o fogo
o colchão fervia as tuas almas e os teus corpos
ela se entregava de carne e alma
mas mal ela sabia que por ela
ele não tinha olhos
mas o crime era somente dela
por desenhar expectativas ao vento
ela quem estava ficando cega.

Ele não a amava
e a rejeição veio ao contento
ela não suportava ao vê-lo indo embora pela porta
sua mente tornou-se moradia do tormento

Em meio a pesamentos perturbadores
ela se tornou amiga da revolta
conspirou em companhia de suas dores

Procurou ele em toda a cidade
em todos os cantos
e ela o encontrou
e ela não era mais ela mesma
ela se transformou na própria insanidade.

Ela o esfaqueou lhe arrancando os olhos
deixando-o cego
assim como ela estava cega por ele

Os gritos dele se tornaram a melodia da maldade.
E ali então foi revelada a insana verdade.

A promessa do amor
havia se transformado em algo irreversível e louco
era somente dor e mais dor.

E enfim ela descobriu que tudo no mundo é olho por olho.