6 de novembro de 2016

O tempo está sem tempo.


Será que realmente temos tempo?
Se temos
Será que não estamos sendo engolidos pelo nosso desatento?
Eu ainda me pergunto às vezes se aonde eu estou é realmente a minha realidade.
Eu ainda me lembro
De breves momentos
Mas, parece que foi em outra vida
As pessoas que eu conheci
Elas se tornaram estranhas
As pessoas que eu amei
Eu as arranquei de minhas entranhas.
Vocês são apaixonados por aquela pessoa que se foi?
Ou são apaixonados pelo tempo que vocês viveram com elas?
O tempo acabou
Mas o amor nunca acaba, ele apenas se transforma em uma necessidade de se esquecer de tudo caoticamente
Eventualmente ele se transforma em saudade
E o meu amor ainda estremece a minha mente.
Eu tento esquecer do tempo
Mas eu não percebo que ao mesmo tempo
Eu acabo sendo engolido por ele
Não há como fugir do futuro e nem do passado
Só preciso estar atento.
A realidade que vivo parece irreal
Eu tento controlar o tempo
Mas eu me perco nele
Caindo no surreal
Minha mente me prega peças
Em um jogo psicológico mortal
E quando eu estou chegando perto da vitória
A ilusão vem e me mostra a realidade
Netuno me sabota
A lua exalta a saudade
E o sangue do meu coração transborda
E mercúrio me joga na insanidade.
Eu tento esquecer do tempo
Mas eu não percebo que ao mesmo tempo
Eu acabo sendo engolido por ele
Não há como fugir do futuro e nem do passado
Só preciso estar atento.
O passado que vivo parece ser a expectativa de um futuro
Mas eu sei que no fundo
É uma ilusão imposta pelo meu ego obscuro
A realidade rasga a minha pele aos confins de Saturno
Então eu caio no escapismo
Eu fujo
Eu corro para Netuno
Mas vem a oposição em forma de carma
Me puxando para Plutão
Onde eu enfrento meus demônios
E me apaixono pela minha escuridão.
Aqui eu não me iludo
Mesmo estando distante do Sol
Eu consigo sentir a sua luz
Aqui consigo enxergar no escuro.
Será que em uma outra realidade paralela
Estamos juntos?
Será que estamos fazendo amor nesse exato momento
Em outra dimensão?
Será que estamos conectados em outro plano
E estamos aqui pagando o preço em forma de solidão?
Será que realmente temos tempo?
Talvez o próprio tempo esteja com pressa,
e dele mesmo. ele ande fugindo
Talvez aos poucos ele esteja nos partindo
Nos rasgando ao meio
Nos inclinando ao modo de sobrevivência
Onde devemos torturar o nosso próprio medo.
Eu tento esquecer do tempo
Mas eu não percebo que ao mesmo tempo
Eu acabo sendo engolido por ele
Não há como fugir do futuro e nem do passado
Só preciso estar atento.
Nem o tempo está com tempo
Devemos nos apressar!
Seja nesse plano ou em outro
Ainda vamos nos reencontrar.
Por: Bruno Bernardes