20 de outubro de 2015

As luzes dos postes em frente de casa queimaram

Tá tudo escuro
Minha alma e a escuridão se encontraram
Estou sozinho
As luzes dos postes em frente de casa queimaram
Medo?
Eu?
Medo dos perdidos da madrugada que podem arrombar as portas?
Que podem roubar e matar?
Não! Jamais. Eles que deveriam ter medo de mim
Aliás nunca ande no escuro
Pode-se encontrar um monstro lá
E eu estou aqui em frente
Com a sanidade armada de paranoias
E com as paranoias armadas com granadas
Que os queimariam fazendo deles meras pólvoras
As luzes dos postes em frente de casa queimaram
Do escuro dá para enxergar melhor quem está vindo da luz
Que venham os homens cegos de coragem
Que eu os empalarei com uma afiada cruz
As luzes dos postes em frente de casa queimaram
Só estou aqui à paisana
Em busca de paz e sossego
Quero sentir o vento
Encontrar uma brisa
Que se conecte
Com minha mente sombria
As luzes dos postes em frente de casa queimaram
E espero que permaneçam apagadas
Assim dá pra ver claramente
As criaturas que agora estão despertadas
Elas vagam como exércitos marcham
Em busca de sangue e caçadas
As luzes dos postes em frente de casa queimaram
Assim dá pra ver melhor o luar
As criaturas uivam
E eu só quero ouvi-las
E aos uivos delas
Dançar
As luzes dos postes em frente de casa queimaram
E eu só quero que o brilho da lua
Brilhe em meu olhar.