31 de dezembro de 2014

Quem diria?

Quem diria que eu ia chegar nesse dia dizendo: Quem diria?
nessa minha vida
de indas e vindas
que sempre suspeitei
das minhas expectativas
nesse intenso sentir
que o meu eu respira
nesse intenso mundo meu
repleto de ventanias
cheio de ruídos
medos
tristeza e alegrias
cheio de névoas nos pensamentos
de distúrbios
e de provável mente assassina
e com uma boa imaginação que ainda me inspira
neste último dia do ano
que ao mesmo tempo obscurece
e que ao mesmo tempo brilha
está de manhã
e está tudo calmo
sem angústia
nem melancolia
enfim; quem diria?
ninguém
talvez somente o destino me mostraria
que eu sou capaz de me vencer mil vezes
e ainda permanecer de pé na minha própria ruína
e enfim mais um dia finda
e aqui estou
escrevendo mais uma poesia.

"Antes era tempestade, tornou-se uma forte chuva, e agora é somente uma garoa com pequenos ruídos de ventos distantes. Tudo se tornou uma melodia perfeitamente combinada com a minha alma sombria. Mas amanhã torço que o dia esteja apenas nublado, até o cinza virar sol que intensamente brilha"