1 de março de 2014

Acatisia

No começo a intensidade criou uma síndrome em nossos olhares.
Eu premeditei seus passos para que você pudesse seguir junto aos meus.
Mas eu o meu vício em controle acabou saindo fora de controle.
A tua hiperatividade se hiperativou com a minha.
Criando belos impulsos de sexo e loucura.
Deixando assim nossos corações inquietos.

Ah a ansiedade de amar, e ser amado.
A inquietude da alma não para.
E o tempo corre na velocidade da luz.
Mas nossos egos deixou tudo tão escuro

Nossos corpos parecem estarem querendo voar.
Mas o nosso tormento é não estar em movimento.
Estamos presos dentro de nós mesmos.
Enquanto o paraíso não chega.
Estamos sentados no inferno.
Presos com as correntes do nosso orgulho.

Observando o fogo em volta.
Toda aquela paixão querendo explodir.
Mas o gelo insiste em nos paralisar.
Congelando tudo que há dentro de nossos corações

Mas os sintomas são reais.
Esse desassossego que faz as nossas tripas quererem saírem para fora.
O senso ilusório de alguma luz.
Nos fazendo vagar em círculos nesse túnel escuro da vida.

E o nosso desejo de estar juntos.
Se manisfesta em forma de terror.
Nossas mandíbulas ficam descontroladas.
Fazendo nossas palavras parecerem um quebra cabeça indecifrável.

Se afastamos na distância
E a dor palpita.
Tua coluna vertebral endurece.
Cessando todo o movimento do seu coração.
O frio em nossas espinhas ilustra a nossa frieza.
O oposto do oposto nos opõe nessa oposição

Essa estranha incapacidade de mover o nosso amor.
Criou um conflitos em meus nervos.
Meu coração está me contorcendo.
Eu preciso de você.

Obs: Postagem publicada de número 100 do blog