15 de março de 2017

NADA

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Quando se trata de mim
Nada convém
Não queira se aproximar
Nem vem
Nada soma nem advém
Eu sou tudo, eu sou nada
Minha vida é um desdém
Apesar de eu parecer alguém
Nem alguma coisa sou
Nesse mundo de vai e vem
Sou um atraso
Nada mais do que isso, nada além
Sou um fraco
Eu sou ninguém.

Esta pequena poesia
Com rimas vitimistas
Escritas com sangue
Da minha carnificina narcisista
Não tem significância nenhuma
É fim de semana
E aqui só a sufocante brisa
Que arrogância a minha
Me fazer de vítima
Enquanto muitas vezes fui um carrasco
Estou pagando o preço e a dívida.

O mundo girou
E agora eu enxerguei o lixo
E o quão insignificante eu sou
Por mais que você diga ao contrário
Independente do que você acha
Eu sempre fui uma existência abstrata
Um espiral sem linhas e sem curvas
Na multidão eu sou invisível
Um fantasma
Sou uma poesia mal inspirada
Um peso sem alma
Eu destruo tudo
Porque desejo que todos sejam como eu
Um nada.