18 de julho de 2012

Quarto


Dentro do quarto há apenas o brilho da minha mente, luzes coloridas. Vagas lembranças das coisas que já aconteceram aqui. Caminho comigo em meus pensamentos, em um momento de nostalgia, brisa suave, nada demais. Nem chega a ser saudade. Apenas um calafrio, um arrepio. É um fantasma do passado que acabara de passar por perto, e já está de saída. Me agrado sempre com suas visitas, lembrar, tocar por dentro da mente, sentir por um momento algo que nem existe mais, que talvez nunca existiu. Algo que congela o fogo da paixão que pode explodir de dentro de mim.
E aos poucos, tudo se torna duro e severo. Sem graça.

O Silêncio do quarto conforta cada pensamento perturbador e me acalma.  
O céu caiu sobre a minha cama, e tudo ficou tão azul, tão claro. Em solidão pensamos de uma maneira melhor. Não há demônios com seus palpites, não há manipulação. Apenas o que você cria pra você mesmo, dentro de você, somente pra você.

Estou seguro agora. Posso dormir em paz