17 de outubro de 2011

Chuva

A chuva que caiu nos últimos dias não devia parar de cair mais, ela lavou a minha carência, me trouxe dias românticos. Sinto um sentimento rasgar minhas entranhas, as trincheiras cavadas em meu coração cheio de amor, eu tenho certeza desde tempos atrás, mas estou pegando fogo por dentro, meu sistema circulatório está completamente envenenado pelas emoções de afeto, carinho, paixão, loucura e amor. Não minto e não vou dizer que eu estaria melhor, apenas caminho, observo, sinto. Caminhando pelos subúrbios e sinto uma leve brisa, minha loucura é a minha paz. Eu bebo diariamente, embora raramente isso acalme meu temperamento, isso nunca acalma meu temperamento, mas sou fenomenalmente e corretamente marcado em corações, sinto a emoção nos olhares, cada momento ruim é superado em sessenta segundos, e com essa força nós ficaremos juntos, mas laços emocionais podem se entrelaçar e se dividirem, onde há confiança haverá deleites, e quando tivermos medo ouviremos as batidas. É, você é minha pequena amante, eu devo estar louco, veja, eu estou louco, cavando um buraco em sua rua, um pequeno túnel escuro que leva ao seu quarto, onde te observo e te sigo. Sou tão sereno quanto meus amigos e meus demônios, por que você não fecha seus olhos e me reinventa? Sei que sou um típico obsessivo, nem sou mais espessa que a água, nem mais grosso do que lama, sinto oito batidas no meu coração antes de dizer que eu estou sentindo, antes de me mostrar meus sonhos, o por do sol se torna cinzas tão rapidamente quando eu lhe digo que a amo, tudo fica nublado, mas me mantenho calmo, porque sei que vai chover e a chuva vai lavar todos meus medos, o importante é que sei o caminho de volta pra casa.