19 de fevereiro de 2015

Fim do mundo

Eu e você em um tempo perdido
em algum minuto do desconhecido
juntos dentro de um ônibus abandonado
em algum segundo do passado
num cenário pós apocalíptico
trocando carícias
para salvar
cada desejo
e fantasias
corpos despidos
mesmo estando ventando forte
mesmo estando em um tempo devastado pelo frio
é a nossa hora mais sombria
nossos beijos indica uma tempestade
um furacão que irá destruir
qualquer vestígio da nossa sanidade
seguindo o nosso método de loucura
que segue o coração
fazendo amor dentro dos meus sonhos
enquanto avistamos pela janela um furacão
sabemos que vamos morrer
mas morreremos intensos
vamos embora juntos dessa escuridão
me abrace
sinta o tesão
e morra comigo
entre o caos e a sedução
enquanto os raios caem do céu
enquanto monstros voam através das nuvens cinzas
deixa-me penetrar em você ao ritmo da agressividade dos trovões
enquanto anjos voam pelas avenidas
enquanto a chuva cai
enquanto tudo desmorona
vamos nos entregar
ao nosso pecado sujo
pegue em minha mãos
e aperte forte
e fique comigo até ao fim do mundo.